Segue até quarta-feira (30), o Seminário Estadual Saúde da População Negra – Uma Questão de Eqüidade no SUS, como marco das realizações da III Semana da Consciência Negra do GHC (Grupo Hospitalar Conceição), em Porto Alegre (RS). O encontro, iniciado hoje (28), tem o objetivo de debater e divulgar experiências brasileiras sobre as políticas e estratégias de implementação de ações de gestão participativa e da política de atenção integral à saúde da população negra na rede do SUS (Sistema Único de Saúde).
Durante três dias, gestores, profissionais de saúde e sociedade civil pretendem estabelecer diretrizes para fortalecimento dos servidos do SUS e garantia da eqüidade, identificar parcerias e constituir uma rede de estudos e pesquisa na área da saúde da população negra, fomentando um grupo permanente sobre o tema.
Homenagens
Um dos momentos mais emocionantes do dia (28) foi o descerramento de placa e busto em homenagem a João Cândido Felisberto, líder afro-gaúcho da Revolta da Chibata, em frente à emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição, na presença de seus familiares. À noite, às 19h, está programada a entrega da comenda João Cândido Felisberto a personalidades que se destacam na área da saúde da população. Uma das congratuladas é Maria Inês Barbosa, diretora de programas da Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas da Seppir. O ato terá o brilho da atuação do ator Sirmar Antunes, que vai interpretar a saga de João Cândido para acabar com os maus-tratos vividos pelos marinheiros como penalidades físicas e psicológicas.
Amanhã (29), um dos atos importantes é o lançamento da cartilha Saúde da Mulher Negra no Rio Grande do Sul, às 11h25. Elaborado pelo Ministério da Saúde, Comitê Técnico de Saúde da População e Secretaria de Gestão Participativa, esse material tem 2 mil exemplares, que serão distribuídos para usuários e usuárias do SUS no estado.
O Seminário Estadual Saúde da População Negra – Uma Questão de Eqüidade no SUS faz discussões e trocas de experiências entre ações desenvolvidas em São Paulo e Rio Grande do Sul, formação de uma Rede de Atenção à Saúde da População Negra a partir do Plano Nacional de Saúde, focalizando debates sobre mortalidade materna e neonatal, saúde da mulher negra e da criança negra, religiões de matriz africana e anemia falciforme.
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