GHC avança no combate à doença falciforme


Instituição disponibilizará às gestantes do pré-natal orientação com geneticista sobre a doença

No Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, 19 de junho, a Comissão Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CEPPIR) comemora mais um avanço no controle da doença. A partir de julho, as gestantes que realizam o pré-natal no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) contarão com um médico geneticista que orientará essas mulheres e seus familiares sobre a doença. Durante reunião com a CEPPIR, hoje pela manhã, a diretoria da instituição anunciou ainda que pretende organizar e estabelecer os fluxos internos necessários para efetivar o processo.

O atendimento diferenciado acontecerá por meio de encontros com grupos de pacientes que serão agendados duas vezes por mês na sala de reuniões do setor de Auto Risco do Hospital Nossa Senhora Conceição. Durante a reunião, que contou com a participação de coordenadores e membros da CEPPIR-GHC, coordenadores do Comitê Técnico da Saúde da População Negra do GHC, coordenação do Centro de Resultados Participação Cidadã e coordenação do Laboratório do HNSC foram apresentados dados referente às ações internas que vêm sendo realizadas em relação à doença falciforme. O superintendente do GHC, Carlos Eduardo Nery Paes, destacou a importância da iniciativa, para que o atendimento seja ampliado ao Hospital Fêmina, facilitando o acesso das gestantes atendidas.

Os principais avanços do GHC em relação ao controle da doença são observados em função do aumento significativo de solicitações de exames de Eletroforese de Hemoglobina prescritos pelos médicos responsáveis pelo pré-natal. No mês de março, quando iniciou o processo de coleta efetiva do exame, foram realizados 832 procedimentos. Em maio, foram 838 exames e até o dia 16 de junho foram realizados 432 procedimentos. Destes, foram detectados uma média de 52 resultados por mês de exames que apresentaram hemoglobinas variantes, sendo esta a expectativa de mulheres que serão beneficiadas com a orientação genética.

A anemia falciforme é a doença genética de maior prevalência na população negra e pode ser diagnosticada precocemente por meio do Exame de Eletroforese de Hemoglobina.

Creditos: Renata Lopes (Texto). Dóris Rolim (Foto).

Flávio Becco Menezes, Sério Espinosa, Nery Paes, Antelina Ott, Mara Lane Zardin, Lilia Razzolini e Renata Lopes

Hoje, no Grupo Hospitalar Conceição de Porto Alegre, estaremos marcando o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Doença Falciforme com a introdução de aconselhamento genético a todas as gestantes que ao realizarem a eletroforese de hemoglobina no pré-natal são diagnosticadas como portadoras do traço falciforme.

Começamos este projeto em março, marcando o Dia da Mulher e já no segundo mês ultrapassamos a meta que era de fazer o exame em 600 mulheres/mês, maio fechou com 832 gestantes tendo realizado sua eletroforese de hemoglobina. Esta é uma conquista coletiva onde a CEPPIR/GHC sonhou, o Comitê Técnico de Saúde da População Negra articulou, a diretoria e gerentes das unidades garantiram e os serviços de obstetrícia dos Hospitais Nossa Senhora da Conceição e Fêmina e o Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Nossa Senhora da Conceição fizeram acontecer.

Obrigada aos colegas do GHC e ao Ministério da Saúde por ter reconhecido as peculiaridades étnico-raciais na saúde e inserido a eletroforese de hemoglobina na Rede Cegonha, aos companheiros profissionais da saúde deste brazilzão que lutam em conjunto e estão fazendo mudar radicalmente a vida dos portadores de doença falciforme e de suas famílias.

Mas neste Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme, meus maiores agradecimentos vão para os portadores da falciforme que são o maior exemplo brasileiro de controle social e para a Dra Joice Aragão de Jesus e sua equipe que ao longo dos anos se mantém firme e obstinada garantindo a implementação do plano nacional de atenção integral as pessoas portadoras de doença falciforme.